Perguntas e Respostas
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Nefrologia Pediátrica 84 Perguntas e respostas

  • Pergunta realizada em 11/01/2005 00:00

    Qual a melhor abordagem para pacientes maiores de 5 anos com enurese noturna primária?? Quando e quais drogas podem ser usadas?? Quais os resultados com o uso da oxibutinina??

    Respondida em 11/01/2005 00:00

    Iniciar sempre com as orientações gerais antes de se indicar tratamento medicamentoso ou com alarme. Essas orientações consistem de: - Controle da ingesta hídrica noturna - evitar tomar líquidos no mínimo 2 horas antes de dormir (é importante que toda a família colabore mudando também esses hábitos). -Evitar no período da noite (após as 18 hs) alimentos e líquidos irritantes da mucosa vesical tais como: chocolates e achocolatados, refrigerantes à base de cola, chá preto e café. -Treinamento vesical- a criança deve ser orientada a ir ao banheiro com frequência durante o dia (solicitar a colaboração da escola) e também esvaziar a bexiga à noite e ao acordar. -Reforço positivo através da «cartela de sol e chuva». -Motivar sempre o paciente a participar no tratamento. -Treinamento para despertar à noite e levar a criança ao banheiro (isso depende muito da paciência e disponibilidade dos pais). 1) Quando e quais drogas podem ser usadas? Quais os resultados com o uso da oxibutinina? A partir dos 7 anos pode se iniciar com o alarme ou com o tratamento medicamentoso. E a decisão entre os dois, ou associação dos dois, vai depender do diagnóstico através da anamnese estruturada para ENPM que vai nos fornecer dados das perdas noturnas (número de vezes /noite, quantidade, frequência), o diário miccional (que nos dá informações sobre a rotina miccional da criança) e da Ultrassonografia dinâmica da micção (que se trata de um exame não invasivo que nos fornece informações sobre espessura da parede vesical, capacidade cistométrica máxima, presença de contrações do detrusor e de resíduo pós miccional). As 3 principais causas de ENPM são: poliúria noturna, hiperatividade noturna do detrusor e distúrbio no despertar. Apesar desses subgrupos se sobreporem, se faz necessário uma diferenciação entre eles para que se adote o tratamento correto para cada caso. No caso dos poliúricos, a droga utilizada é a desmopressina que é um análogo sintético da vasopressina (hormônio antidiurético-HAD). Nesses pacientes a variação circadiana normal do HAD está alterada, havendo uma maior produção de urina noturna, que ultrapassa a capacidade vesical do paciente, ocasionando episódios de enurese. Está indicado acima de 7 anos de idade. A dose usual é de 0,2- 0,4 mg oral ou 20- 40mg intranasal à noite, antes de dormir. A criança só pode tomar líquidos até 2 horas antes de deitar para evitar o risco de intoxicação hídrica. A desmopressina pode ou não ser associado com o uso de alarme. Esse é composto por um sensor de umidade colocado no pijama, próximo à genitália da criança e ativado (vibração ou som) quando a criança molha a cama. A criança já acordada deve terminar a micção no banheiro. O uso deve se prolongar por 4 meses e o início do efeito é lento (6 – 8 semanas). É importante a motivação da criança e dos familiares para o sucesso do tratamento e só deve ser indicado naquelas com maturidade para compreender e manusear o aparelho. Persistir com o uso até se obter 30 dias de noites secas. A imipramina, apesar de ter sido muito utilizada no passado, atualmente não é considerada como uma escolha de 1ª linha no tratamento da ENPM. Estudos demonstram recaída do episódios de enurese quando suspenso o medicamento. Restrições existem devido aos riscos intoxicações graves. A oxibutinina não está indicada na ENPM e sim quando a enurese é uma manifestação de uma disfunção miccional. Nesses casos além da incontinência noturna (atentar para a quantidade das perdas urinárias pois, eralmente nesses casos, só molha o pijama), a criança apresenta sintomas diurnos como urge-incontinência, constipação e as vezes até perdas urinárias diurnas. A oxibutinina, que é um anticolinérgico, está indicada para tratar a instabilidade do detrusor diagnosticada pela Ultrassonografia dinâmica da micção. Mas além do uso do medicamento é importante outras adotar medidas de reeducação miccional para resolução da incontinência urinária seja ela diurna ou noturna (vide site SMP Enurese). Lembrar que a oxibutinina pode piorar a constipação intestinal que essas crianças possam apresentar.

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  • Pergunta realizada em 05/12/2004 00:00

    Quais os dados laboratoriais que definiriam o diagnóstico de hipercalciúria familiar em uma paciente com hematúria macroscópica franca, não glomerular , com usom e cintilografia estática e dinâmicas normais?

    Respondida em 05/12/2004 00:00

    O diagnóstico de hipercalciúria sempre é feito quando temos na urina de 24h um valor de cálcio maior ou igual a 4mg/kg para qualquer sexo ou idade em pelo menos 2 amostras. Se não há controle esfincteriano noturno usar a razão cálcio/creatinina em urina de segunda micção da manhã com jejum e é diagnóstico quando temos: excreção de cálcio relacionada à excreção de creatinina na urina de amostra única em jejum, igual ou maior que 0,80 (mg/mg) para recém nascidos e lactentes (porque eles têm maior excreção de cálcio e menor excreção de creatinina na urina); 0,40 (mg/mg) para os pré-escolares e 0,21 (mg/mg) para escolares e adolescentes.

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  • Pergunta realizada em 08/11/2004 00:00

    tenho uma filha de 10 meses que desde os 6 meses vem apresentando quadros de infecção urinaria inclusive ja ficou internadagostaria de saber quais possiveis problemas poderia estar ocorrendo?o pediatra em qual a levo comentou sobre um exame que teria que ser feito atraves do canal da urina e que so poderia ser feito qdo nao apresentasse nenhuma alteração no seu exame de urina pq poderia passar o problema pro ringostaria de saber que tipo de exame é esse e se judia muito da criança?e se tendo má formaçao na bexiga ou no canal da urina qual seria o tratamento?desde ja muito obrigada pela atenção aguardo resposta

    Respondida em 08/11/2004 00:00

    P=Tenho uma filha de 10 meses que desde os 6 meses vem apresentando quadros de infecção urinaria inclusive ja ficou internada gostaria de saber quais possiveis problemas poderia estar ocorrendo? R=Os episódios de infecções urinárias que estão se repetindo sugerem que a criança pode ser portadora de alguma condição predisponente como o refluxo vesicoureteral, que é a mais comum, ou alguma outra alteração anatômica do trato urinário. Veja a resposta a uma pergunta anterior neste mesmo site. P=o pediatra em qual a levo comentou sobre um exame que teria que ser feito atraves do canal da urina e que so poderia ser feito qdo nao apresentasse nenhuma alteração no seu exame de urina pq poderia passar o problema pro rin gostaria de saber que tipo de exame é esse e se judia muito da criança? R=Realmente é necessária a pesquisa de alterações anatômicas do trato urinário. Iniciamos pelo ultra som e depois por este exame que você perguntou, a uretrocistografia miccional, para estudar a bexiga, a uretra e a possibilidade da presença de refluxo. É um exame simples e não muito agressivo, mas incomoda um pouco, devido à necessidade de passar uma sonda na uretra da criança, para injetar o contraste na bexiga. Para realizar este exame a criança deve estar com a infecção urinária controlada e em uso de medicação profilática. P=e se tendo má formaçao na bexiga ou no canal da urina qual seria o tratamento? R=Depende do tipo de alteração encontrada nos exames de imagem. Se for o refluxo vesicoureteral, o tratamento é clínico, com medicação preventiva contra novas infecções urinárias, uma vez que o refluxo pode se resolver com a idade. Algumas outras alterações necessitam tratamento cirúrgico.

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  • Pergunta realizada em 22/09/2004 00:00

    COMO INVESTIGAR RACIONALMENTE POR EXAMES COMPLEMENTARES, APÓS ANAMENESE E EXAME FÍSICOS ADEQUADOS, OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE POLIÚRIA?

    Respondida em 22/09/2004 00:00

    Em relação à poliúria, o primeiro passo na investigação é caracterizar sua real existência e correlacioná-la à ingesta hídrica do paciente, ou seja, o débito urinário médio de uma criança é de aproximadamente metade do volume de sua ingesta. Dessa forma, o volume urinário de um lactente deve ser em média de 2 ml/kg/ hora e de pré-escolares, escolares e adolescentes varia ao redor de 30 a 60 ml/ m2/ hora. considera-se poliúria uma diurese superior a 5 ml/ kg/ hora para lactentes e 100 ml/ m2/ hora para as demais idades, levando-se em conta obviamente a ingesta hídrica. Após devidamente caracterizada a poliúria a fase inicial de investigação deve pesquisar sobretudo doenças renais, endócrinas e neurológicas relacionadas a disfunções nos mecanismos de concentração urinária. Recomenda-se assim dosagem séricas de glicemia de jejum, eletrólitos, escórias nitrogenadas, gasometria venosa e, se disponível, determinação da osmolalidade por método direto (osmometria de congelamento ou evaporação). Na urina deve-se realizar exame de urina rotina acrescido da determinação de pH de urina recém-emitida (por pHmetria), determinação das concentrações de sódio em amostra de urina e, se disponível, avaliação da osmolalidade urinária. Acredito que esses exames iniciais permitam indicar para que lado a propedêutica deve seguir. Por exemplo, caso haja indício de um déficit isolado na capacidade de concentração urinária (sódio urinário baixo associado a elevação de sódio sérico), a determinação das concentrações plasmáticas de vasopressina pode ser útil ou, quando esse exame não for possível, um teste de restrição hídrica associado à resposta ao DDAVP permite a distinção entre um diabetes insipidus de origem central ou nefrogênico.

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